A PEP é altamente eficaz para prevenir a infecção pelo HIV quando administrada corretamente e dentro do período indicado: até 72 horas.

O que é PEP?
A Profilaxia Pós-Exposição, chamada de PEP, é uma medida de emergência que pode prevenir a infecção pelo HIV após uma pessoa ter sido exposta ao vírus.
A PEP consiste no uso de medicamentos antirretrovirais (os mesmos usados no tratamento do HIV) por um período de 28 dias, e deve ser iniciada o mais rápido possível após a exposição ao HIV, em no máximo 72 horas.
Esse tratamento tem como objetivo impedir que o vírus se estabeleça no corpo.
A PEP é acessível no Brasil?
Estudada no mundo todo há anos, desde 1999 a PEP está disponível no Brasil. No início era disponibilizada somente para profissionais da saúde que sofressem acidente de trabalho com material biológico.
A partir de 2000 passou a ser usada também em pessoas vítimas de violência sexual. Desde 2010 tem sido usada também em situações de relação sexual consentida que representassem algum risco de infecção.
A PEP está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Qualquer pessoa que tenha tido uma possível exposição ao HIV pode procurar uma unidade de saúde pública, serviço de referencia ou hospital da rede pública e solicitar o tratamento.
É importante lembrar que a PEP deve ser iniciada o mais rapidamente possível, por isso é essencial buscar atendimento assim que ocorrer a exposição
Quando procurar um médico?
Se você acredita que foi exposto ao HIV, é fundamental procurar um serviço de saúde imediatamente. Não espere para marcar um horário de consulta outro dia ou ver se surgem sintomas.
A PEP deve ser iniciada o mais rápido possível após a exposição, e quanto mais cedo o tratamento começar, maiores as chances de sucesso.
Os profissionais de saúde farão uma avaliação da sua situação e determinarão se a PEP é indicada.
A Dra. Gabriella é médica infectologista, com 18 anos de formação, e referência no cuidado com a saúde sexual, oferecendo um acompanhamento próximo e humanizado para quem precisa usar a PEP.

Ela entende que iniciar essa medicação pode ser um momento de preocupação e incertezas, e por isso, seu compromisso vai além da prescrição: ela orienta, esclarece dúvidas e acompanha cada etapa do tratamento para garantir segurança e tranquilidade ao paciente.
Durante os 28 dias de uso da PEP e também após a finalização, a Dra. Gabriella conduz um seguimento detalhado, com consultas que não apenas avaliam a eficácia do tratamento, mas também acolhem as necessidades individuais de cada pessoa.
Seu atendimento é baseado na ciência e no cuidado genuíno, sempre respeitando o contexto e as particularidades de cada paciente, tornando o processo mais leve e acessível.
O que os pacientes falam da Dra Gabriella?






Quando eu devo usar PEP?
A PEP é indicada para qualquer pessoa que tenha tido uma possível exposição ao HIV. Situações em que a PEP pode ser necessária incluem:
- Relações sexuais desprotegidas: Se você teve relações sexuais sem preservativo com uma pessoa que vive com HIV ou cujo status sorológico é desconhecido.
- Uso compartilhado de seringas ou agulhas: Pessoas que compartilharam seringas ou agulhas, especialmente no contexto de uso de drogas injetáveis.
- Acidente ocupacional: Profissionais da saúde que se expuseram a sangue ou fluidos corporais contaminados com HIV, como em casos de perfuração com agulha ou corte durante procedimentos médicos.
- Violência sexual: Vítimas de violência sexual que podem ter sido expostas ao HIV.
Como a PEP funciona no organismo?
A PEP age bloqueando a replicação do HIV no corpo antes que ele possa se estabelecer definitivamente.
Quando uma pessoa é exposta ao vírus, há uma “janela” de tempo muito curta, de até 72 horas, durante a qual os medicamentos antirretrovirais podem ser eficazes. O tratamento precisa ser tomado por 28 dias consecutivos, sem interrupção, para garantir a eficácia.
O esquema de tratamento envolve uma combinação de três medicamentos antirretrovirais que atacam o HIV em diferentes etapas do seu ciclo de replicação. Os 3 medicamentos estão combinados em 2 comprimidos.
É fundamental que a pessoa que está fazendo o uso da PEP siga rigorosamente a prescrição médica e compareça às consultas de acompanhamento para garantir que o tratamento está funcionando.

Qual é a eficácia da PEP?
Quando usada corretamente e dentro do prazo de 72 horas após a exposição ao HIV, a PEP é altamente eficaz na prevenção da infecção.
Estudos mostram que a eficácia da PEP pode ultrapassar os 90%, mas não oferece uma garantia de 100%. A eficácia pode diminuir se houver atrasos no início do tratamento ou se a pessoa não seguir as instruções de uso dos medicamentos.
Além disso, fatores como o tipo de exposição (sexual ou ocupacional), a carga viral do HIV no parceiro e o uso inadequado dos medicamentos podem influenciar os resultados.
Portanto, é crucial iniciar o tratamento o quanto antes e seguir todas as orientações médicas.
Importante lembrar que a PEP não é uma solução para prevenção de longo prazo. Pessoas que estão frequentemente em risco de exposição ao HIV devem considerar o uso da PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) como uma estratégia mais sustentável de prevenção.
Quais são os efeitos colaterais do uso da PEP?
Assim como qualquer tratamento medicamentoso, a PEP pode ter efeitos colaterais. Os mais comuns incluem:
- Boca seca.
- Náusea.
- Vômitos.
- Cansaço.
- Diarreia.
- Dores de cabeça.
Esses efeitos geralmente desaparecem após os primeiros dias de tratamento.
Caso os efeitos colaterais persistam ou sejam muito intensos, é importante informar ao médico para que ele possa ajustar o tratamento, se necessário.
Não é recomendado interromper o uso da PEP sem orientação médica, mesmo em caso de efeitos colaterais.
Em alguns casos, o médico pode prescrever medicamentos adicionais para aliviar os sintomas de efeitos adversos, garantindo que o paciente consiga completar o ciclo de 28 dias sem maiores complicações
Quais são outras maneiras de prevenir HIV?
Embora a PEP seja uma ferramenta eficaz para prevenir a infecção pelo HIV, é sempre melhor evitar a exposição ao vírus em primeiro lugar. Aqui estão algumas maneiras de reduzir o risco de infecção:
- Uso de preservativo: O preservativo é uma das formas mais eficazes de prevenção do HIV e de outras infecções sexualmente transmissíveis.
- PrEP: Para pessoas que estão em risco constante de exposição, a PrEP pode ser uma solução preventiva de longo prazo.
- Não compartilhar agulhas: O uso compartilhado de agulhas e seringas é uma das formas mais comuns de transmissão do HIV entre usuários de drogas injetáveis.
- Testagem regular: Fazer o teste de HIV regularmente ajuda a garantir que o vírus seja detectado precocemente e o tratamento possa ser iniciado o quanto antes, caso a infecção ocorra.

O futuro da PEP
À medida que os avanços na medicina e nas pesquisas sobre o HIV continuam, a PEP tem se mostrado uma ferramenta crucial para o controle da epidemia de HIV.
No futuro, espera-se que o acesso à PEP se torne ainda mais rápido e simples, especialmente em regiões com alta prevalência do vírus.
Além disso, novos medicamentos antirretrovirais mais eficazes e com menos efeitos colaterais estão sendo desenvolvidos, o que pode tornar a experiência do tratamento com PEP mais confortável para os pacientes.
Ao mesmo tempo, a educação sobre a PEP e outras estratégias de prevenção do HIV precisa continuar para garantir que as pessoas saibam como se proteger em situações de risco.
Estigma relacionado a PEP
Assim como o HIV, a PEP ainda é cercada de estigma e desinformação.
Muitas pessoas que precisam da PEP hesitam em procurar o tratamento por medo de julgamento ou preconceito, acreditando que o uso da PEP possa implicar comportamentos de risco “irresponsáveis”.
No entanto, o uso da PEP é uma medida de autocuidado responsável e deve ser encorajado como parte de uma abordagem abrangente de prevenção do HIV.

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