Dra Gabriella Durso Patricio

Muitas pessoas se perguntam: qual é o papel das vacinas durante a gravidez?  

gestação

Elas protegem não só as gestantes, mas também os bebês que estão por vir durante a gravidez para garantir a segurança da mãe e do bebê.

A vacinação na gestação é um assunto de extrema importância e, ao mesmo tempo, uma fonte comum de dúvidas. 

A hesitação vacinal é um desafio significativo. Fatores como preocupações com a segurança da vacina, falta de conhecimento sobre os benefícios e a percepção de baixo risco de infecção são barreiras muito comuns.

A História das Vacinas

A prática da vacinação começou há mais de dois séculos e foi um divisor de águas para a medicina e a saúde pública. 

A história remonta ao final do século XVIII, quando o médico britânico Edward Jenner fez uma descoberta importante. 

Naquela época, a varíola era uma doença extremamente perigosa e causava muitas mortes. Jenner percebeu que as pessoas que haviam contraído varíola bovina, uma versão mais leve da doença que afetava vacas, pareciam ficar protegidas contra a varíola humana, que era bem mais agressiva.

Assim, ele teve a ideia de expor as pessoas ao vírus da varíola bovina, que causava poucos sintomas, como uma forma de treiná-las para se defender da varíola humana. 

Infectologia

Essa prática, chamada de vacinação, foi um sucesso e se tornou o primeiro método eficaz para evitar uma doença tão grave. Com isso, nasceu a primeira vacina do mundo.

Com o passar do tempo, cientistas e médicos aprimoraram essa técnica e desenvolveram vacinas para combater outras doenças perigosas, como tétano, poliomielite, sarampo e gripe. 

A vacinação foi se consolidando como uma das estratégias mais eficazes para a saúde coletiva, ajudando a erradicar e controlar doenças que antes causavam grandes epidemias, sequelas e até mesmo a morte de milhares de pessoas.

Qual a especialidade que cuida da vacinas?

A Infectologia é a especialidade médica dedicada à prevenção, diagnóstico e tratamento de infecções, com um papel fundamental na promoção da saúde por meio da vacinação.

Mais do que apenas tratar doenças, o infectologista avalia riscos, orienta sobre imunizações adequadas para cada fase da vida e ajusta a carteira vacinal de acordo com as necessidades individuais, sempre considerando indicações e possíveis contraindicações.

Esse acompanhamento é essencial para proteger não apenas o paciente, mas também as pessoas ao seu redor, ajudando a evitar surtos e complicações de infecções preveníveis.

Durante a gestação, esse cuidado se torna ainda mais essencial.

vacinas

A Dra. Gabriella é infectologista com ampla experiência clínica e reconhecida por seu acolhimento, escuta ativa e atenção minuciosa aos detalhes.

Seu compromisso com a medicina vai além do conhecimento técnico: ela compreende que cada paciente tem sua própria história, medos e necessidades, e busca oferecer um atendimento que seja, ao mesmo tempo, baseado em ciência e profundamente humano.

Acredita que uma boa consulta não deve ser apenas um momento de diagnóstico e prescrição, mas um espaço onde o paciente se sinta acolhido, compreendido e seguro para tirar dúvidas e tomar decisões sobre sua saúde.

Com uma abordagem que alia rigor científico e sensibilidade, a Dra. Gabriella se dedica a criar um plano de cuidado individualizado para cada pessoa.

Em sua prática, prioriza o acompanhamento contínuo, pois sabe que a prevenção é a chave para uma vida saudável.

Esse olhar atento e cuidadoso se torna ainda mais essencial em momentos como a gestação, quando cada escolha impacta não apenas a saúde da mãe, mas também a do bebê.

Seu compromisso é garantir que esse período seja vivido com confiança, amparo e a segurança de estar recebendo a melhor orientação possível.


Veja o que os pacientes estão falando da Dra Gabriella

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Vacinas e Imunidade Coletiva.

Hoje em dia, a vacinação vai muito além de proteger apenas quem recebe a vacina.

Ela tem um impacto direto na saúde de toda a comunidade, reduzindo a circulação de vírus e bactérias e prevenindo surtos de doenças que poderiam se espalhar rapidamente.

Quando uma grande parte da população está vacinada, o número de pessoas suscetíveis à infecção diminui drasticamente.

Isso acontece porque o agente causador da doença encontra menos hospedeiros disponíveis para se multiplicar e ser transmitido.

Esse efeito, conhecido como imunidade coletiva ou imunidade de rebanho, cria uma barreira natural que impede que a doença se espalhe.

A imunidade coletiva é especialmente importante para proteger pessoas que, por razões médicas, não podem receber certas vacinas, como bebês muito pequenos, pacientes em tratamento para câncer, pessoas transplantadas e idosos com imunidade enfraquecida.

Como esses grupos estão mais vulneráveis, a única forma de reduzir o risco de exposição para eles é garantindo que aqueles ao seu redor estejam vacinados.

Por isso, ao se vacinar, você não está apenas protegendo a si mesmo, mas também colaborando para um ambiente mais seguro para todos. Cada dose aplicada é um passo na construção de uma sociedade mais saudável e resistente a doenças preveníveis.

Qual a Importância da Vacinação na Gestação?

Durante a gestação, o corpo da mulher passa por uma série de mudanças, incluindo adaptações no sistema imunológico. 

Esse sistema é o responsável por defender o organismo contra infecções. Na gravidez, o sistema imunológico da gestante se ajusta para tolerar o bebê que está se desenvolvendo. 

Com isso, a mãe pode ficar mais suscetível a algumas infecções, o que representa um risco maior tanto para ela quanto para o bebê.

A vacinação durante a gestação é uma medida essencial de proteção. 

Existem vacinas recomendadas que protegem contra doenças graves, como a gripe e a coqueluche (ou tosse convulsa), que podem causar complicações severas. 

Essas vacinas ajudam a evitar que a gestante desenvolva infecções que poderiam trazer riscos sérios, como problemas respiratórios graves e até partos prematuros.

Além de proteger a mãe, a vacinação na gestação tem um impacto importante na saúde do bebê. 

gestação

Quando a gestante é vacinada, o corpo dela produz anticorpos — moléculas de defesa — contra as doenças. Esses anticorpos são transferidos para o bebê pela placenta, proporcionando a ele uma primeira camada de proteção. 

Isso é especialmente importante nos primeiros meses de vida, quando o bebê ainda não pode receber algumas vacinas e seu sistema imunológico está em desenvolvimento.

Portanto, ao vacinar-se durante a gestação, a mãe não apenas fortalece suas próprias defesas contra doenças perigosas, mas também transmite proteção para o bebê, dando a ele um início de vida mais seguro.

Quais são as Vacinas recomendadas na gestação?

Aqui está uma lista com as vacinas recomendadas durante a gestação, com base nas recomendações mais recentes e na sequencia a explicação de cada uma delas.

  1. Vacina contra a Gripe (Influenza)
  2. Vacina Tríplice Bacteriana Acelular do Tipo Adulto (dTpa)
  3. Vacina contra Hepatite B
  4. Vacina contra COVID-19
  5. Vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR)

1. Vacina contra a Gripe (Influenza)

A vacina contra a gripe é uma das mais recomendadas para gestantes. 

A infecção pelo vírus influenza pode levar a quadros de infecção respiratória grave, aumentar as chances de hospitalização e, em casos mais graves, resultar em parto prematuro.

A vacina contra a gripe é segura em qualquer trimestre da gravidez, e, além de proteger a mãe, ajuda a proteger o bebê. 

Isso ocorre porque os anticorpos que a gestante produz ao se vacinar passam para o bebê pela placenta, dando a ele uma proteção temporária nos primeiros meses de vida. 

Em algumas situações de maior risco, como surtos, o médico pode recomendar uma segunda dose para as gestantes que já tomaram a vacina há mais de três meses, especialmente se o sistema imunológico estiver comprometido.

2. Vacina Tríplice Bacteriana Acelular do Tipo Adulto (dTpa)

A vacina dTpa é conhecida por proteger contra três doenças importantes: difteria, tétano e coqueluche. 

A difteria e o tétano são doenças graves que podem causar sérios problemas de saúde, mas a coqueluche merece uma atenção especial no caso das gestantes. 

Também chamada de “tosse comprida”, a coqueluche é uma infecção bacteriana que causa crises de tosse muito fortes e pode ser extremamente perigosa para os bebês. 

Como os recém-nascidos ainda não podem ser vacinados contra a coqueluche, a vacina dTpa da mãe ajuda a transferir anticorpos para o bebê.

A recomendação é que a dTpa seja aplicada a partir da 20ª semana de gestação. 

Isso permite que a quantidade de anticorpos transferidos ao bebê seja suficiente para proteger o recém-nascido até que ele receba as próprias doses de vacina contra a coqueluche. 

Caso a gestante não tome a vacina durante a gravidez, ela deve receber uma dose de dTpa no pós-parto, o mais cedo possível, para ajudar a proteger o bebê.

3. Vacina contra Hepatite B

A hepatite B é uma infecção viral que ataca o fígado e pode ser transmitida da mãe para o bebê no momento do parto.

 Para evitar essa transmissão, a vacina contra a hepatite B é altamente recomendada para gestantes que não tomaram todas as doses do esquema vacinal ou que nunca foram vacinadas.

O esquema de vacinação é feito em três doses, sendo a primeira aplicada no momento da primeira consulta de pré-natal (esquema 0-1-6 meses). 

Essa sequência de doses ajuda a gestante a desenvolver imunidade contra o vírus da hepatite B antes do parto, reduzindo o risco de transmissão para o bebê. 

Essa vacina é considerada segura para a gestante e ajuda a proteger o bebê nos primeiros meses de vida.

4. Vacina contra COVID-19

A COVID-19 trouxe desafios importantes para a saúde pública, especialmente para gestantes. 

Mulheres grávidas que contraem COVID-19 têm um risco maior de desenvolver complicações, como problemas respiratórios e até mesmo parto prematuro. 

Por isso, a vacinação contra COVID-19 é recomendada para gestantes em qualquer fase da gravidez.

vacina gravidez

A vacina é segura e ajuda não só a proteger a gestante como também o bebê, pois os anticorpos produzidos após a vacinação são transferidos pela placenta, conferindo uma proteção inicial ao recém-nascido. 

5. Vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR)

O vírus sincicial respiratório (VSR) é um dos principais causadores de infecções respiratórias graves em bebês, como bronquiolite e pneumonia, que são especialmente perigosas nos primeiros meses de vida. 

A vacina contra o VSR, chamada Abrysvo®, foi desenvolvida para ser aplicada entre a 32ª e 36ª semanas de gestação. Proporciona ao bebê uma camada de proteção logo após o nascimento, reduzindo as chances de complicações respiratórias nos primeiros meses de vida.

A vacina contra o VSR pode ser administrada junto com outras vacinas de rotina da gestante, o que facilita o calendário vacinal. 

Quais são as Vacinas contra indicadas na gestação?

Algumas vacinas não devem ser administradas durante a gestação devido aos possíveis riscos ao desenvolvimento do feto, especialmente aquelas que utilizam vírus vivos atenuados

Aqui está uma lista com as vacinas contra indicadas durante a gestação, com base nas recomendações mais recentes e depois a explicação de cada uma delas.

  1. Tríplice Viral (Sarampo, Caxumba)
  2. HPV (Papilomavírus Humano)
  3. Varicela (Catapora)
  4. Vacina contra Dengue

1. Tríplice Viral (Sarampo, Caxumba e Rubéola)

A vacina tríplice viral é contraindicada durante a gravidez, pois contém vírus vivos atenuados, o que pode apresentar riscos ao bebê.

Ela pode ser administrada no pós-parto, e é importante que mulheres que planejam engravidar tomem essa vacina antes da concepção para estarem protegidas durante a gravidez.

2. HPV (Papilomavírus Humano)

A vacina contra o HPV é recomendada para mulheres em idade reprodutiva, mas se a gestante iniciou o esquema antes de engravidar, ele deve ser suspenso e retomado apenas no período pós-parto.

Essa vacina é essencial para prevenir o câncer de colo de útero, mas não deve ser aplicada durante a gestação.

3. Varicela (Catapora)

A vacina contra varicela é contraindicada na gravidez, pois também é feita com vírus vivos atenuados.

Assim como a tríplice viral, é recomendada no período pós-parto para proteção da mãe em futuras gestações.

4. Vacina contra Dengue

Contraindicada para gestantes e lactantes que amamentam bebês com menos de seis meses, devido ao risco teórico de transmissão pelo leite materno.

A vacinação inadvertida requer suspensão do aleitamento por 15 dias. Além disso, essa vacina não é indicada para mulheres com alteração do sistema imunológico (imunodeprimidas).

Quais são as Vainas com recomendação especial para gestantes?

Algumas vacinas são recomendadas para gestantes apenas em situações específicas, principalmente quando há risco de exposição ou uma condição de saúde que aumente a vulnerabilidade a determinadas infecções.

  1. Vacina contra Hepatite A:
  2. Vacinas Pneumocócicas:
  3. Vacinas Meningocócicas Conjugadas (ACWY ou C):
  4. Vacina Meningocócica B:
  5. Vacina contra Febre Amarela

1. Hepatite A

Esta vacina é indicada em situações em que a gestante corre um risco elevado de exposição ao vírus da hepatite A, como em surtos ou em áreas com baixos índices de saneamento.

A vacina é inativada, o que significa que não apresenta riscos teóricos para o feto, e o esquema é feito em duas doses (intervalo de seis meses). Em áreas endêmicas, a vacinação pode ser considerada, mas a recomendação deve ser avaliada pelo médico.

2. Vacinas Pneumocócicas

Em gestantes com alto risco de doença pneumocócica invasiva, como aquelas com problemas pulmonares crônicos ou imunodepressão, a vacina pneumocócica pode ser recomendada.

Existem diferentes tipos, como a VPC20, que pode ser administrada em dose única, ou um esquema sequencial com as vacinas VPC15 ou VPC13 seguidas da VPP23. Todas são inativadas e seguras para o feto.

3. Vacinas Meningocócicas Conjugadas (ACWY ou C)

Indicadas em casos de exposição ao risco de doença meningocócica, especialmente para gestantes com condições que aumentam a vulnerabilidade, como doenças do sistema imunológico.

A vacina é inativada e pode ser administrada sem risco para o feto. Em locais onde o risco de contaminação por meningococo é alto, essa imunização pode ser uma estratégia de proteção essencial.

4. Vacina Meningocócica B

Recomendação especial para gestantes em áreas de alto risco ou com condições de saúde específicas que aumentem a probabilidade de infecção pela meningite tipo B.

A vacina é administrada em duas doses (Bexsero® ou Trumenba®), e a escolha do tipo depende da idade da paciente e da avaliação médica.

5. Vacina contra Febre Amarela

Contraindicada na maioria dos casos para gestantes, esta vacina pode ser aplicada em situações excepcionais, como viagens para áreas de alto risco de febre amarela.

Como é uma vacina de vírus atenuado, só deve ser considerada quando o risco de exposição é muito maior que o risco teórico da vacinação. Em casos de imunização, recomenda-se interromper o aleitamento materno por dez dias.

Consolidando a Proteção Materna e Neonatal

A literatura médica atual confirma a segurança e eficácia das vacinas recomendadas para gestantes. No entanto, estratégias para superar a hesitação vacinal são fundamentais para aumentar as taxas de vacinação nesse grupo populacional.

Recomendações firmes e claras dos profissionais de saúde, acesso facilitado às vacinas durante o pré-natal e uma comunicação eficaz sobre a segurança e os benefícios da vacinação são abordagens indispensáveis.

Além disso, a educação contínua dos profissionais de saúde sobre a imunização durante a gravidez é essencial para que transmitam informações confiáveis e encorajadoras às gestantes.

Estudos também evidenciam a eficácia de intervenções personalizadas e multicomponentes, que incluem interação humana e apoio social, como formas de aumentar a adesão à vacinação.

É importante que as gestantes consultem fontes oficiais de saúde para obter as orientações mais recentes sobre vacinas e reforços recomendados pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Em resumo, a vacinação durante a gestação é uma estratégia indispensável para proteger a saúde da mãe e do bebê

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